21/06/2020
Um amigo, um pouco angustiado na quarentena, me perguntou quais são os melhores filmes que eu vi. Não tenho a pretensão de dizer que são os melhores, mas posso dizer quais os filmes que mais me impactaram. Muitos filmes ficaram de fora, mas foi o que lembrei num primeiro impulso de antigo frequentador de cinemateca. Em outro dia, talvez mudasse um ou outro filme. Mas foi o que me ocorreu hoje. Segue uma lista por ordem cronológica
.
A Paixão de Joana d’Arc, 1928. de Carl Dreyer.
M, O Vampiro de Dusseldorf, 1931, de Fritz Lang.
Tempos Modernos, 1936, de Charles Chaplin.
A Grande Ilusão, 1937, e A Regra do Jogo, 1939, de Jean Renoir.
No Tempo das Diligências, 1939, de John Ford.
Cidadão Kane, 1941, de Orson Welles.
Casablanca, 1942, de Michael Curtiz.
Rashomon, 1950, Os Sete Samurais, 1954, e Ran, 1985, de Akira Kurosawa.
La Dolce Vita, 1960, de Federico Fellini.
O Leopardo, 1963, Morte em Veneza, 1971, de Luchino Visconti.
Beijos Proibidos, 1968, e O Amor em Fuga, 1979, de François Truffaut.
Novecento, 1976, de Bernardo Bertolucci.
O Ovo da Serpente, 1977, de Ingmar Bergman.
Apocalipse Now, 1979, de Francis F. Coppola.
Blade Runner, 1982, de Ridley Scott.
O Baile, 1983, e La Famiglia, 1987, de Ettore Scola.
Ventos da Liberdade, 2006, e Eu, Daniel Blake, 2016, de Ken Loach.
Não satisfeito com essa lista, meu amigo, em atitude sádica, me pediu para escolher um único filme. Sofri um pouco, mas escolhi o filme “M, O Vampiro de Dusseldorf”, de Fritz Lang. Esclareço que não é filme de vampiro, é uma tradução infeliz do filme que na Europa se chamou de M, O Maldito.
Trata-se de uma obra prima do expressionismo alemão, incrivelmente atual. Obra de gênio. Depois desse filme, Fritz Lang fugiu da Alemanha e foi se asilar nos EUA. Dizem que sua mulher, simpatizante do nazismo, ficou e mudou a cena final do filme, para despolitizar. Nunca consegui confirmar essa informação. De qualquer maneira, o filme é imperdível.