Relato de Viagem

Relatório de viagem no sudeste asiático fevereiro 2017

Em fevereiro, viajei pelo Sudeste Asiático: Tailândia, Vietnam, Camboja. Além de belos palácios e templos maravilhosos, conversei com nacionais de cada país que visitei, aprendi muito e me surpreendi com as inúmeras contradições que encontrei. Resolvi compartilhar algumas informações que recebi, deixando claro o seguinte:1) Como turista, não pude checar todas as informações, mas todas elas me pareceram verossímeis.2) Relato sem emitir opinião. Um ou outro comentário pessoal vai entre parênteses. Por exemplo:O governo comunista do Laos mandou matar um líder ambiental tipo Chico Mendes que lutava contra uma hidroelétrica (no Brasil quem mata são os fazendeiros). Outro exemplo:O Vietnam é hoje o maior aliado dos EUA no sudeste asiático. O grande inimigo do Vietnam é a China (foram mil anos de luta contra a ocupação chinesa). BANGKOK No 1o dia pegamos o barco no rio Chao Praya até o templo de Wat Arun, um dos mais importantes de Bangkok. À tarde e à noite, caminhamos pela cidade. No 2o. Dia, fomos a Ayutthaya. Vimos o templo, um mercadinho flutuante, dança de elefantes, massagem thai, e as ruínas do palácio/templo. O trem devia levar 1 hora e meia, levou duas horas. Na ida, só atrasou 15 minutos, me senti quase na Suíça. Andou 5 minutos e parou dez minutos esperando o trem que voltava. Só tem uma via, estão construindo outra. Caí na real. Na volta, o trem atrasou duas horas e levou duas horas e meia de viagem. Cheguei na Tailândia, pensei. No 3o. Dia, fomos ao Palácio Real, maravilhoso. Impressionante foi ver a fila kilométrica de pessoas de preto, luto fechado, para visitar o corpo do rei, embalsamado. Ele morreu há 4 meses, o luto dura um ano, será cremado em novembro próximo. Até lá, os ônibus são gratuitos. Em fevereiro, em pleno inverno, o calor é infernal, calor seco, 35º, sensação térmica de 40º. No verão vai a 40º, mas chove muito e refresca um pouco. 4o. Dia, visita ao magnífico templo Wat Pho. A língua é fonética, a mesma palavra pode ter sentidos diferentes conforme a duração, a extensão do som. Por exemplo: se disser Wat Pho, o taxista pode não entender. Tem de dizer Wat Phôôô, esticar o som da vogal.Por falar em táxi, em todo o sudeste da Ásia os taxistas não levam estrangeiro pelo taxímetro. Cobram antes 3 vezes mais. Dá pra negociar e pagar 2 vezes mais, o que barato pra nós. Todos os países do sudeste asiático são regimes militares autoritários. No Laos um líder ambientalista tipo Chico Mendes foi assassinado por agentes do governo (no Brasil, são os fazendeiros que matam).Em Mianmar, o casamento da filha do Ministro da Saúde custou o equivalente ao orçamento de saúde de todo o país. O Vietnam, que é um país comunista, por sua tradicional posição anti-China é hoje o maior aliado dos EUA no sudeste asiático (foram mil anos de luta contra a ocupação chinesa). No Camboja, onde o Governo é pró-vietnamita, toda a oposição está presa ou no exílio.Nos bairros populares de Bangkok, os comerciantes, além do imposto, têm de pagar comissão à Polícia e à máfia, exatamente como no Rio nos bairros dominados pela milícia. O governo do Laos cedeu uma parte do Norte do país para a máfia chinesa produzir ópio. Como o governo não consegue (ou não quer) dar educação primária para todas as crianças, muitas são alfabetizadas nos mosteiros budistas. Os tailandeses aceitam qualquer religião, mas não aceitam alguém que não tem religião. Eles não compreendem isso. E não se trata de Deus: Buda não é um Deus, é um exemplo a ser seguido. Mas o povo adorava o rei que morreu, como se fosse um Deus. O rei aqui não tem função política, simboliza a identidade nacional, e o rei, segundo eles, tinha espírito público e fez muitas coisas pelo país. VIETNAM Chegada no aeroporto: 2 horas em pé para conseguir o visto. Meia hora na fila pra entregar o formulário preenchido, uma hora esperando chamar seu nome pra pagar o visto, meia hora na fila do controle de passaporte.Passamos de um calor seco de 35 graus para um friozinho úmido de 15 graus.No dia seguinte, começamos o tour de Hanoi. Os passeios foram excelentes: Templo da Literatura (antiga escola superior dos mandarins de influência confucionista), Pagodes budistas e templos religiosos não budistas. A religião dominante é um culto dos antepassados, misturando budismo, taoismo e confucionismo. Há 10% de budistas praticantes e 7% de católicos. Vimos o mausoléu de Ho Chi Minh, pagode de um pilar (símbolo de Hanoi), lago e uma ótima caminhada no bairro antigo que contrasta com o bairro francês. No fim do dia vimos um belíssimo espetáculo de marionete sobre as águas, uma gracinha. Se tiver no You Tube, vale a pena ver.Almoçamos e jantamos em restaurante vietnamita, a comida é boa e menos picante do que a tailandesa. No dia seguinte, fomos visitar a famosa Halong Bay. Um passeio de barco pela baía, visita a uma enorme caverna com diversas grutas, belo visual. Depois mando fotos. De manhã cedo fazia 10 graus com umidade de 90%. Na hora de pagar as despesas, observei que só davam recibo para quem pagava com cartão. Quem pagava com dinheiro, “esqueciam” de dar recibo. Tive de pedir.A língua é tonal, como a maioria das línguas asiáticas. A palavra MA, por ex., tem 6 significados diferentes conforme a entonação do a. Só aprendi a dizer obrigado, tentei dizer bom dia mas não me entendiam, não acertei a entonação.Dos regimes comunistas de partido único, o Vietnam se parece mais com a China do que com Cuba, onde educação e saúde são grátis. No Vietnam, a escola pública é paga. Saúde idem. Uma criança de 7 anos custa aos pais 80 dólares por mês, mais de 10 anos, cem dólares (escola, livros etc). Se não tiver dinheiro, a criança não vai pra escola. Só os camponeses pobres que moram nas montanhas têm escola gratuita.O salário mínimo é 200 dólares, mas ninguém vive com isso. Eles se viram pra

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